quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Certas coisas nunca mudam.



Hoje, as palavras resolveram sair de mim, como libélulas saltitantes.
Não definiria isso como inspiração, definição de inspiração pra mim, seria o meu caderno da Fox, de espiral rosa (o caderno em que sempre escrevo parte das minhas crises existenciais, das minhas queixas e indignações. Aquele, que poucas pessoas conhecem, que outras, dariam tudo, para lê-lo, e que certas pessoas jamais precisariam ler o que nele escrevo, para adivinhar o que nele retrato. O que escrevo ali, geralmente são coisas que precisam ficar em off, porque apesar de certas coisas nunca mudarem, elas geralmente precisam ficar esquecidas, por um tempo).
Enfim, hoje eu tenho uma nova definição para inspiração e para lucidez também.
Quando me pego pensando na minha infância, eu realmente percebo que certas coisas nunca mudam. Talvez eu ainda sou uma “menininha”:

# Porque se alguém me convidar para uma “guerrinha de barro”, ou de “caroços de azeitona”, eu vou, sem pestanejar, com os olhos brilhando de extrema satisfação.

# Porque quando quero alguma coisa, os meus argumentos se resumem numa só frase:
- Mais mãe, eu tenho 20 anos, sou morena e linda! (Pra quem não sabe, essa é uma frase bastante familiar, no meu vocabulário, típica da Paola)

# Porque a frieza das pessoas ainda me machuca, como machuca uma criança, quando acorda e vê que a bola que trouxe do aniversário, murchou (isso já aconteceu comigo).

# Porque apesar de faladeira e questionadora, o meu silêncio sempre soube falar melhor por mim.


Realmente certas coisas nunca mudam, e eu posso escrever a respeito de qualquer coisa, que as minhas mãos e os meus pensamentos sempre me levarão a uma só direção: VOCÊ, aquele que trouxe raios, trovões e arco-íris para a minha vida. Não é que eu precise desesperadamente de você, não é isso, e você sabe disso, mas é que eu necessito de ser arrebatada pelo próprio coração. Meu coração sempre levou muito à risca, essa coisa de escolha, e quando te escolheu pra vida inteira, eu não pude contrariar. Eu nunca soube me expressar, quando o assunto é o que sinto, as pessoas mais bem resolvidas em relação a tudo, são as mais frágeis, e esse meu estado de estabilidade, é pura casca, eu sei.
Eu ainda tenho que aprender a dizer, EU TE AMO, a pedir desculpas, a me calar, a não questionar o inquestionável.


Mais do que nunca, certas coisas nunca mudam ! ...